" E se amar uma alma é diferente de amar uma cara ou um corpo? E se este amor for diferente? E se a sua durabilidade também o for? Não sabemos...
Porém, e muito provavelmente, no que diz respeito a este assunto, o sector masculino terá também alguma diferença face ao sector feminino. As mulheres são muito mais sentimentalistas do que os homens, no entanto, e com isto não quer dizer que ambos tenham iguais sentimentos e emoções.
Dei por mim a pensar neste assunto: em que a dificuldade de esquecer alguém que se ama quando se é apenas pela alma de uma pessoa, é tão diferente da de amar a fisionomia! Não é? O pior dos cenários é quando se ama tudo, sem tirar nem pôr... Mas centremo-nos no mais básico!
Quando se ama a fisionomia do outro é difícil, extremamente difícil lidar com a ausência, com a falta de olfacto e de audição e até de visão por não se saber do outro. É uma sensação estranha e que transmite uma angústia inefável.
Não há espaço para mais nada senão o pensamento no corpo, nos lábios, nos braços, nos abraços, nos "cafunés", nos "tudos"...
E nem tudo o que parece é, nalguma das vezes, no que diz respeito ao amor...
O amor é cego... principalmente quando nos deixa cegos sem nos deixar conseguir ver o resto..."
Vanessa Cardui
(In "Crónicas (De)Vidas")
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