sexta-feira, 23 de novembro de 2018

É o que vês

O portão a ranger 
O vento sem soprar 
Algo a acontecer 
Uma brisa a passar 
Mas não é o vento 
É apenas um momento 
O relógio a andar 
E a vida a escorregar 
Por entre os nossos dedos 
Enrolados nos nossos medos 
Escondidos em segredos 
Obscuros ou negros 
Como lamentos perdidos 
Que em nós não estão esquecidos 
Mas que para outros estão vendidos 
E para nós mais ainda 
Pensam eles que nós somos quem?!
Só por não sermos como eles?! 
O interesse é atrás ou mais além 
Eu fico no meio, pois bem 
Acho o ligar certeiro, mesmo que sem 
Sem ninguém ou sem arruaceiros que não sabem o que é paz
Prefiro a solidão a companhias dispensáveis 
Alguém considerou que há pessoas descartáveis?! 
Porque há, algumas mas há por aí 
Se cais na teia aprendes mas não é o fim 
Depois cresces muito melhor, assim 
E a culpa foi do portão 
Não 
A culpa foi de quereres abrir o portão 
Abriste e olha o que viste
Vanessa Cardui
(In “Poesias Vadias”)


Foto: Paulo Nuno Santos 
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