"Uma extensão de ti. Uma extensão que eu não encontro em mais lado nenhum a não ser em mim.
És uma extensão de mim. E eu sou de ti. Somos continuidade e nunca início e terminação. Seremos o real dentro do surreal e mais-que-perfeito, seremos o oito e o oitenta mas não seremos de extremos. Somos de extremos um com o outro e só isso é tão mas tanto suficiente para que sejamos, de facto, a extensão um do outro. Somo-lo. Definitivamente somo-lo. E gostamos de o ser e seremos.
Uma extensão daquilo que se pensava inexistente. Uma coisa esquecida e tão importante no tempo que mostrou que o presente só merece uma extensão nossa...tal como a que temos...a de agora e a de sempre. A que sempre houve e não sabíamos, a que agora sabemos como a palma das nossas mãos e que não nos cansamos de saber.
Uma extensão daquilo que era nosso e que nunca o tinha sido apenas por falta de conhecimento. Nós éramos do conhecimento um do outro sem sequer imaginarmos. Cena estranha é o que parece, de facto. E é. Mas o que nos une não é a estranheza mas sim a confiança e a transparência que emanamos um do outro e um para o outro.
Somos a extensão um do outro. Não precisamos de electricidade nem de tomadas ligadas para sabermos que a nossa união é qualquer coisa de surreal e que funciona na sua plenitude. A questão é que não precisamos de absolutamente nada a não ser de nós, um com o outro."
És uma extensão de mim. E eu sou de ti. Somos continuidade e nunca início e terminação. Seremos o real dentro do surreal e mais-que-perfeito, seremos o oito e o oitenta mas não seremos de extremos. Somos de extremos um com o outro e só isso é tão mas tanto suficiente para que sejamos, de facto, a extensão um do outro. Somo-lo. Definitivamente somo-lo. E gostamos de o ser e seremos.
Uma extensão daquilo que se pensava inexistente. Uma coisa esquecida e tão importante no tempo que mostrou que o presente só merece uma extensão nossa...tal como a que temos...a de agora e a de sempre. A que sempre houve e não sabíamos, a que agora sabemos como a palma das nossas mãos e que não nos cansamos de saber.
Uma extensão daquilo que era nosso e que nunca o tinha sido apenas por falta de conhecimento. Nós éramos do conhecimento um do outro sem sequer imaginarmos. Cena estranha é o que parece, de facto. E é. Mas o que nos une não é a estranheza mas sim a confiança e a transparência que emanamos um do outro e um para o outro.
Somos a extensão um do outro. Não precisamos de electricidade nem de tomadas ligadas para sabermos que a nossa união é qualquer coisa de surreal e que funciona na sua plenitude. A questão é que não precisamos de absolutamente nada a não ser de nós, um com o outro."
Vanessa Cardui
(Excerto de romance)
*tractus - extensão (latim)
(Excerto de romance)
*tractus - extensão (latim)
Foto: Vanessa Cardui
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